MAQUINA DE FAZER MALUCO
A loucura veio antes da razão
O tudo era sim, o nada era não
E sem nada para fazer
O homem tudo quiz
Com o verbo solto
A boca diz
Não havia escolha
Já que tudo era afirmação
Cansado de tudo
Um dia disse não
Transformando cada sim
Em incontáveis negações
Enclausurou o verbo
Enquadrou o sentido
Conceituou quereres
Dificultou prazeres
Tornou-se culto
E achou bom
Esqueceu que negar é deixar de ser
O que não foi
O que não é
E o que não será
Vistam-se de cores
abandonem essa alma em luto
Dispam-se da razão
E entrem na Maquina de Fazer Maluco
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