domingo, 18 de outubro de 2015

MAQUINA DE FAZER MALUCO NO 512







































 Como contar uma história em três minutos e meia dúzia de acordes? A Máquina de Fazer Maluco diz o que todos já sabem, mas não cansam de ouvir; não inventa a roda, mas pinta ela com as cores do arco-íris enquanto chora alegrias e ri das desgraças. E já que de loucos todos temos um pouco, a Máquina só vem produzir mais alguns malucos para engrossar o caldo!


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Romes Pinheiro: Voz, guitarra e ukulele
Ricardo Cordeiro: Guitarra e violão
Willian Strotttmann: Baixo
Dionísio Monteiro: Bateria

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Romes Pinheiro, idealizador da Máquina de Fazer Maluco, é violonista, cantor, compositor, ator graduado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-graduado em Produção Teatral na Escola Superior de Teatro e Cinema da Universidade de Lisboa (Portugal). Filho de um músico amador, despertou o interesse pela música saltitando em cobertores na sala de casa no frio do inverno portalegrense ao som de Raul Seixas, Eliana Pittman, The Jackson 5 e alguns discos de música infantil que abasteciam o toca discos (artifício da mãe para manter seus três filhos entretidos). Não demorou para aproveitar a ausência do pai no horário laboral e experimentar seus instrumentos, o acordeon e o violão, optando pelo segundo.

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O QUÊ? Espetáculo Máquina de Fazer Maluco
QUANDO? Dia 21 de Outubro às 22h
ONDE? Espaço Cultural 512 (João Alfredo, 512 - Cidade Baixa)
QUANTO? R$10
PORQUÊ? A pergunta certa seria: porque não?

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O espetáculo é uma realização da Produtora Máquina de Fazer Maluco e da Outros 500 produções colaborativas e tem apoio da Dress it, da La Photo Galeria e Espaço Cultural, do estúdio Jean Pierre Kruze Photographer e da Graxaim Films.

Concepção e criação do cenário: Jean Pierre Kruze
Design: jrp
Fotos: Jean Pierre Kruze

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SURREAL É O COTIDIANO #01

O último censo registrou 200 milhões de pobres injustiçados no grande país do futuro. (Minha mãe já está farta de me ouvir perguntar: "Já chegamos no futuro mãe? Ainda não!" Sempre ainda não.) Um especialista explica que o que acontece com o brasileiro é uma espécie de azar coletivo e, por mais que faça tudo certo, Dick Vigaristas aparecem na hora H e vai tudo por água abaixo, logo, a culpa é sempre de outrem.
Resolvi encontrar um culpado pelo meu saldo bancário, meu bicho de pé e minha dor de dente. Não encontrei espelho e achei meio brega essa moda de andar com dedo de seta a acusar todos por tudo.
Perguntei a uma distinta senhora o motivo dos ditos infortúnios de nossa república federativa e ela foi rápida como um pistoleiro do Sergio Leone: "OS POBRES!!!!" Não me convenceu. Pelas palavras dela, pobre não estuda, não se esforça e quer mais é viver na moleza e boa vida da sua imensa mansão de 2 metros quadrados sem saneamento básico. Pensei - por vezes cometo essa loucura neural - se pobre não estuda e não se esforça, não torna-se engenheiro. Se não são pobres os engenheiros responsáveis pelas obras de construção das estradas brasileiras, porque são tão ruins? Como os pobres conseguem induzir os engenheiros a cometerem tantas falhas? 
Perguntei a uma jovenzinha com ar pseudo intelectual, quem amarra nossa nação impedindo que chegue finalmente ao paraíso prometido?  "OS RICOS!!!" Disparou ela com uma certeza de dar inveja e, antes que eu movesse meio músculo para uma segunda pergunta, completou: "E O COMODISMO DA CLASSE MÉDIA!!!!" Fiz as contas: segundo os pobres, a classe média e os ricos, os cretinos que estão o f**** essa m**** toda são os pobres+a classe média+os ricos, só sobraram os miseráveis. Olho com uma culpa triste para o mendigo que dorme na marquise do prédio em frente e não é que ele tem um ar inocente? Não me parece ter votado nem em Dilma nem em Aécio, não especulou no mercado financeiro, no imobiliário e nem no banco imobiliário, pagou todos os impostos que devia e nunca vive acima das suas possibilidades. Taí, vou perguntar para ele de quem é a culpa. " A vida é assim amigo, não guardo mágoas nem procuro responsáveis pelos meus atos".  Uou!!!! Alguém devia prender esse homem, ele sabe demais.
Se eu ganhasse 1 dólar para cada vez que um brasileiro na terceira pessoa dissesse: "Sabe qual é o problema do brasileiro?"
Já vi culparem Pedro Álvares Cabral, só falta culparem Adão (os criacionistas) e Big Bang (os evolucionistas) e eu também tenho uma teoria: a culpa é dos índios que esconderam os espelhos que receberam em troca de ouro. Sem espelhos vai levar um longo tempo para encontrarmos o culpado, talvez uma selfie ajude.
Vou ligar pra minha mãe e perguntar se o futuro chega hoje que eu tenho planos de recebê-lo de banho tomado.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

POEMAS QUE O DIABO NÃO LEU #01

MAQUINA DE FAZER MALUCO

A loucura veio antes da razão
O tudo era sim, o nada era não

E sem nada para fazer 
O homem tudo quiz
Com o verbo solto
A boca diz

Não havia escolha
Já que tudo era afirmação
Cansado de tudo
Um dia disse não

Transformando cada sim
Em incontáveis negações

Enclausurou o verbo
Enquadrou o sentido
Conceituou quereres
Dificultou prazeres

Tornou-se culto
E achou bom

Esqueceu que negar é deixar de ser
O que não foi
O que não é
E o que não será

Vistam-se de cores
abandonem essa alma em luto
Dispam-se da razão

E entrem na Maquina de Fazer Maluco

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

MEDO OU PREGUIÇA

Nosso temor mais profundo não é que sejamos inadequados. Nosso temor mais profundo é que somos excessivamente poderosos. É nossa luz, e não nossa escuridão, que nos atemoriza. Perguntamo-nos: quem eu sou para ser brilhante, magnífico, talentoso e fabuloso? Na realidade, quem é para não sê-lo? Subvalorizar-se não ajuda o mundo. Não há nada de instrutivo em acovardar-se para que outras pessoas não se sintam inseguras perto de você. Esta grandeza de espírito não se encontra só em alguns de nós; está em todos. E ao permitir que nossa própria luz brilhe, de forma tácita, estamos dando às demais permissão para fazer o mesmo. Ao nos libertarmos de nosso próprio medo, automaticamente, nossa presença liberta outros”. 

Marianne Williamson

terça-feira, 9 de junho de 2015

PRODUÇÃO EM EQUIPE

 Pra fazer a Maquina que você vê a gente faz muita coisa que você não vê.
Finalizando vídeos e fotos com três braços direitos que tenho. Joana Reais, Jean Pierre Kruze e Leticia Kleemann fazem eu correr mais rápido, gritar mais alto e chegar mais longe. Não há dinheiro no mundo que pague a satisfação de ver idéias concretizarem-se ao lado de amigos queridos. Algumas imagens do trabalho criativo que ainda precisa de arestas aparadas para vir ao mundo.
O vapor dos motores da Maquina de Fazer Maluco embelezam esse cenário que estamos construindo para um futuro próximo. Obrigado amigos, sem vocês a Maquina não é.
Foto: Joana Reais

Gravação de vídeo da música Apnéia
Foto: Joana Reais

quinta-feira, 23 de abril de 2015

EXAUSTÃO

Existem algumas músicas que eu simplesmente não sei qual o gatilho disparou para terem nascido, não lembro quando estava em processo e até desconfio que plagiei do meu irmão gêmeo antes de mata-lo.  Exaustão é dessas e por isso precisei apelar para a interpretação de texto que a professora Iara tanto ressaltava a importância nos idos tempos de escola. Essa versão foi gravada para o projeto Música Em Casa na primavera de 2014 em Lisboa e agora serve para matar a saudade da casa do Conde Redondo.


Imagens: Miguel Lopes
Voz feminina: Joana Reais