-Bjo, bj, bjs,
-Abço, abç, abçs…
Em tempos de violência, articula-se muito bem para praguejar!
-Canalha! Imbecil! Otário!
-O ódio vende-se a kilo, o amor em grama!
-Bjo, bj, bjs,
-Abço, abç, abçs…
Na ânsia por mais tempo, mais vida, mais isso, mais aquilo… abreviamos para caber mais, para pegar mais, para correr mais e só nos sobra menos.
- Abreviamos beijos, Bj. Abreviamos abraços, Abçs, mas completamos ofensas, com ponto, virgula, acento e muitas reticências.
-O ódio vende-se a kilo, o amor em grama!
-Não é auto ajuda não amigo, é pura necessidade de completar o que por demais abreviou-se.
Não é conselho pra felicidade, é remédio pra bom humor, é cura pra essa dor que já nem se sabe se é dor de dente, de pé ou de alma, mas calma, calma que pra pressa sempre existiu cura.
-Respire fundo, inspire, expire e beije, abrace. Não corra pra ganhar a vida que a vida foi ganha no dia que "ocê" nasceu. Só corre quem quer abraçar a morte, quem quer viver a vida, vive.
-Faça o que te der no telhado, mas por favor eu te peço mais uma vez, não abrevie abraços, não abrevie beijos.